Um “mar de gente” na abertura da XXV edição da Viagem Medieval

04/08/2022

Abriu a XXV edição da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria. Depois de um interregno de dois anos, a maior recriação histórica da Idade Média está de regresso a Santa Maria da Feira para 12 dias cheios de espetáculos, de experiências e do revisitar da história, num recinto ampliado que permite aos visitantes usufruírem de espaços mais amplos e com maior comodidade. Com um orçamento de 1,5 milhões de euros, onde 500 mil euros são direcionados à “economia criativa local”, assegura Paulo Sérgio Pais, diretor da Feira Viva. Nesta edição, onde se pode viajar por nove reinados da primeira dinastia, a novidade são mesmo as novas áreas temáticas onde se destaca o maior espaço disponibilizado para o público usufruir, assim como as zonas de refeição espalhadas pelo recinto. O dia da abertura ficou marcado pela presença de um “mar de gente”, mas com mais e melhor acessibilidade.

A espera era longa e o desejo de percorrer as ruas da zona histórica de Santa Maria da Feira era grande. Desde 2019, o último ano em que se realizou a Viagem Medieval de forma presencial, que não se via tanta gente a vaguear pelas ruas da cidade, naquela que é maior recriação histórica da Idade Média. Vestidos a rigor, de máquina em punho, e de caneca na mão, desde a abertura, que aconteceu esta quarta-feira, 3 de agosto, pelas 15h00, que nas ruas se começaram a reviver momentos de uma viagem que se quer que seja um “Legado de Memórias”, como transmite o tema musical original criado para celebrar a XXV edição da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria.

As portas estão abertas para uma viagem por nove reinados da primeira dinastia num recinto onde os visitantes podem assistir a 80 espetáculos diários, visitar 20 áreas temáticas e seis praças de animação que proporcionarão experiências ímpares, ao mesmo tempo que se vivem verdadeiras aulas de História. Segundo Paulo Sérgio Pais, diretor da Feira Viva, a edição deste ano vai tentar recriar “os melhores momentos contados na história da Viagem Medieval, em espetáculos novos, com novos guiões, mas com o fator mais diferenciador a ser a requalificação espacial do recinto, designadamente na zona das Guimbras”, que diz ser “a entrada mais bela”.

Com um orçamento de 1,5 milhões de euros a Viagem Medieval está cada vez mais focada na produção local e, nesse sentido, Paulo Sérgio Pais refere que 500 mil euros estão direcionados à “economia criativa local”, com destaque para as associações feirenses que se profissionalizaram nesta área. “Esta é a forma da Viagem Medieval se ir revitalizando todos os anos, porque gera a possibilidade dos nossos agentes culturais terem receitas para no ano seguinte, estarem mais fortes e tentarmos fazer uma melhor edição”.

Para Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, estar de regresso três anos após a última edição presencial de um evento que “marca a história local e o do território é uma alegria”, um sentimento que diz ser extensível a todos os que os visitam a Viagem Medieval. Numa edição que assegura ser diferente, pelo facto de se reviver toda a primeira dinastia, o edil faz referência ao crescimento do recinto para poente, “aproveitando a aquisição de todos os terrenos na margem do rio Caster, a obra da ciclovia e do percurso pedonal”, algo que diz já ser um ex-libiris da cidade, para criação de uma nova praça.

O recinto conta com uma nova distribuição da área de restauração para a zona verde, nas margens do rio Caster, sendo que deixa de existir uma zona de restaurantes no Largo do Rossio. “Concentramos a área da gastronomia e da restauração num outro espaço, ficando nesta zona apenas os vendedores, ao mesmo tempo que também potenciamos os restaurantes locais”, numa maior aproximação dos comerciantes locais e “envolvendo-os ainda mais”.

Reconhecido com alguns prémios internacionais a Viagem Medieval é, segundo o autarca feirense, “um evento de recriação histórica de referência na Europa e o maior da Península Ibérica”. Aqui são esperados uma média de cerca de 50 mil visitantes por dia, num recinto onde será possível “recordar e reviver a fundação da nacionalidade, ao mesmo tempo que se sente o orgulho de ser português”.

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