
25/04/2020
Hoje, um pouco por todo o país, comemorou-se o 46º aniversário do 25 de abril, só que de maneira diferente do habitual. As restrições impostas pelo Estado de Emergência levaram as que os portugueses usassem da imaginação para registar o momento. A nível nacional foi lançado o repto para que às 15h00 os portugueses viessem à janela de sua casa e cantassem o “Grândola Vila Morena”, e a Tuna dos Voluntários de S. João da Madeira aderiu à iniciativa e juntou alguns elementos que marcaram este momento.
Este sábado, comemorou-se os 46 anos da revolução de abril. Mas, pela primeira vez na história, os portugueses estiveram privados de o fazer em liberdade. O Estado de Emergência nacional, imposto na sequência da pandemia da Covid-19, obrigou a que fossem canceladas as tradicionais comemorações. No entanto, a data não foi esquecida e foram diversas as iniciativas por todo o país, onde S. João da Madeira não fugiu à regra.
A nível nacional foi lançado o repto para que às 15h00, todos viessem à janela e cantassem um dos símbolos da liberdade, a música “Grândola Vila Morena de José Afonso. Na verdade, nessa noite a rádio divulgou duas senhas: a primeira era “E depois do adeus”, de Paulo de Carvalho, transmitida pelos Emissores Associados de Lisboa. A segunda seria a música de José Afonso, que a Rádio Renascença tocou. O primeiro sinal destinava-se a preparar as tropas para a saída, e o segundo ao início das operações.

E, foi isso que a Tuna dos Voluntários de S. João da Madeira fez. Cerca de 10 elementos da instituição aceitaram o repto e entoaram os acordes do “Grândola Vila Morena”, à hora prevista, juntando-se assim a uma onda nacional, e também e local, até porque o município também aderiu à iniciativa e colocou duas viaturas a circular pela cidade com a música de Zeca Afonso.

Para a presidente da direção da Tuna, Minda Araújo “devemos sempre lembrar e reforçar os ideais do 25 de abril”, nesse sentido, “a Tuna, mais uma vez, esteve presente na iniciativa, de uma forma segura, com algum distanciamento, interpretando o tema. Gostaríamos de ter podido alargar a mais tunantes mas, infelizmente as contingências não o permitiram”, referiu. E, sobre a data que hoje foi celebrada deixou o desejo de “que os ventos da liberdade e da paz soprem sempre em todos os cantos deste país e no mundo. Que milhares de mãos se levantem com convicção e amor na defesa da liberdade e na paz no mundo! Viva o 25 de abril. Viva a liberdade”, concluiu.