Presidente da Câmara de Espinho critica encerramento das feiras e mercados

02/11/2020

O presidente da Câmara Municipal de Espinho, Pinto Moreira, está contra o encerramento das feiras e dos mercados. No âmbito das medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa, de combate ao aumento do número de casos ativos de covid-19, o edil espinhense concorda no essencial do que foi decretado, mas considera “injusta e com uma fundamentação técnica, no mínimo, questionável”, no que se refere à feira, em especial na realizada na cidade, uma das maiores da região.

Como é de conhecimento público, Espinho é um dos 121 concelhos considerados de risco, e abrangidos pelas medidas excecionais anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa. A partir da próxima quarta-feira, 4 de novembro, todos os munícipes de Espinho estarão sujeitos a um dever geral de recolhimento e às restantes medidas que visam, no essencial, diminuir os contactos sociais e as possibilidades de contágio.

Presidente da Câmara Municipal de Espinho – Pinto Moreira

Nesse sentido, o presidente da Câmara Municipal de Espinho, Pinto Moreira, já expressou a sua opinião sobre o assunto, concordando no essencial, com o que foi decretado pelo Conselho de Ministros, mas fez sentir o seu desagrado e oposição ao encerramento das feiras e dos mercados. “No caso particular da nossa feira semanal, trata-se de uma solução injusta e com uma fundamentação técnica, no mínimo, questionável”, afirma o edil espinhense. E vai mais longe nas suas críticas, ao lembrar que “se há milhares de estabelecimentos comerciais em recinto fechado que continuam a poder funcionar até às 22h00, com reduzida (para não dizer nenhuma) fiscalização, o que é que impede um mercado ao ar-livre, com plano de contingência aprovado pelas autoridades de saúde e fiscalização permanente da PSP, Município de Espinho e bombeiros voluntários, de funcionar regularmente?”, questiona.

O autarca não poupa nas críticas e afirma que “a sensação que fica é que uns são mais iguais que outros, penalizando os sectores de atividade mais vulneráveis e que menos recursos têm para se defender”. Pinto Moreira, deixa o alerta para que “este tipo de decisões rígidas e unilaterais não prossiga, sob pena de não haver mesmo natal para muita gente”.

Apesar destas críticas, o presidente da Câmara deixa o apelo aos espinhenses para que “mantenham o sentido de responsabilidade e de civismo que têm demonstrado desde o início da pandemia. Façamos a nossa parte para que a propagação do vírus se mantenha controlada”, conclui.

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