Mais de 250 fogaceiras em ano de homenagem às comunidades portuguesas

24/01/2025

Na passada segunda-feira, 20 de janeiro, Santa Maria da Feira celebrou os 520 anos do voto ao mártir S. Sebastião. Apesar das previsões metereológicas apontarem para a possibilidade de chuva o evento acabou por sair à rua e reuniu milhares de pessoas divididas pelos dois momentos altos, o da parte da manhã com o Cortejo Cívico e a Missa Solene com a Bênção das Fogaças e o da tarde com a Procissão. A edição de este ano, que contou com a participação de mais de 250 meninas vestidas de branco, carregando a fogaça sobre a cabeça, homenageou as comunidades emigradas.

Numa edição em que foram homenageadas as fogaceiras no mundo, Camila Boaventura (Brasil), Nina Maia (África do Sul), Mafalda Bento (Portugal) e Camila Pinho (Venezuela) abriram o desfile que contou, ainda, com outras 250 fogaceiras. Outra das novidades da procissão deste ano foi a participação das delegações dos três países referidos, com cerca de 60 representantes da Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria no Rio de Janeiro (Brasil), da Associação da Comunidade Portuguesa de Pretória (África do Sul) e da Associação Civil Amigos de Terras de Santa Maria da Feira em Caracas (Venezuela) que engrossarem o número de participantes, que incluiu ainda as instituições e entidades do concelho feirense que todos os anos habitualmente marcam presença.

Mas as novidades não se ficaram por aqui. A procissão contou com a participação da Charanga a Cavalo da Guarda Nacional Republicana, assim como da PSP, que esteve também representada com vários agentes a fazer, pela primeira vez, a guarda de honra ao andor do Mártir S. Sebastião ao longo do percurso.

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Por se tratar de uma homenagem às comunidades o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, marcou presença no evento, e realçou o facto deste ser “uma tradição que diz muito às nossas comunidades”. O membro do Governo salientou também “o impacto que este momento tem nas suas vidas, nas suas tradições e costumes”. E acrescentou que a sua presença serve para “homenagear todos aqueles que ao longo de tantos anos tornaram esta tradição uma realidade e a mantém viva”, acrescentou.

Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal, Amadeu Albergaria, frisou que “este ano a festa das Fogaceiras é uma grande homenagem às nossas comunidades na diáspora. É um abraço de fraternidade aos feirenses que tem às suas raízes tão profundas que transportaram as suas tradições para outros continentes. Tratam-se de instituições que organizam a Festa das Fogaceiras nas suas terras de acolhimento, e após 20 anos das celebrações dos cinco séculos da festa era justo voltarmos a reunir a família feirense na sua terra mãe”.

O edil não escondeu a satisfação de, mais uma vez, o voto ter sido cumprido, com a particularidade desta edição ter mostrado as diferenças de cada festa nos seus países. “Na África do Sul as meninas levam faixas com os nomes de cada uma das freguesias, no Brasil uma miniatura em prata do Castelo da Feira, que desde 1959 preserva no seu interior um punhado de terra da Praça de Armas do ex-libris feirense e na Venezuela com os seus trajes mais tradicionais. Pequenas diferenças que são próprias das suas terras de origem”.

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