Instituições desportivas correm risco de fecho se não forem apoiadas

16/09/2020

Pandemia da Covid-19 está a colocar em risco o futuro de muitas das instituições desportivas. Em S. João da Madeira há já quem tenha receio de ter de fechar portas. O alerta para esta situação foi dado pelo vereador da coligação PSD/CDS-PP, Paulo Cavaleiro, na reunião de Câmara Municipal, desta terça-feira, que pediu mais apoio por parte da autarquia. Da parte do município, o presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, foi peremptório ao afirmar que os tempos são de prudência na gestão do dinheiro público e que a autarquia não terá capacidade para responder a todas as necessidades.

No período de antes da ordem do dia, da reunião de Câmara Municipal de S. João da Madeira, desta terça-feira. o vereador Paulo Cavaleiro, da coligação PSD/CDS-PP, alertou para o risco eminente de algumas instituições desportivas fecharem portas, apelando a que o município intervenha. A pandemia da Covid-19 é o principal factor que está a gerar dificuldades financeiras nos clubes que não sabem como enfrentar os próximos tempos. No caso da Sanjoanense, o vereador da oposição lembra a recente subida do andebol à 1ª divisão e a possível subida do Dínamo Sanjoanense ao primeiro escalão do futsal nacional.

Para Paulo Cavaleiro, nesta fase, o mais importante seria que “as instituições soubessem, desde já, com o que podem contar”, tendo em conta o facto da “enorme quebra nas suas receitas habituais”. Por exemplo a receita que era obtida na Cidade no Jardim, e que este ano não aconteceu, ou ainda o caso da Associação de Promoção da Juventude (APROJ), que habitualmente organiza um dos maiores campos de férias da cidade, mas que este ano foi sujeito às condicionantes impostas pela Direção-Geral da Saúde, que lhe impossibilitaram de ter o mesmo número de participantes, e por conseguinte, as receitas de outros anos. Assim, enfrentar uma nova época, com quebras de receitas, torna-se muito mais difícil, e por isso, o vereador apelou a que a Câmara Municipal olhe para o problema. Nesse sentido, deixou no ar o repto ao executivo, questionando “por que é que a verba que era investida na Cidade no Jardim não é distribuído pelas instituições. las usavam aquele evento para angariar receitas extraordinárias, esta era uma forma da Câmara poder encontrar aqui uma solução de um apoio às instituições”

Campo de Férias da APROJ realizou-se mas com muitas condicionantes

Para o vice-presidente da Câmara Municipal, José Nuno Vieira, diz ter consciência do que a pandemia está a fazer às empresas, aos serviços públicos e às instituições, ao mesmo tempo que lembra que “as dificuldades se vão agravar nos próximos tempos”, E, por isso deixou o conselho para que todos reajustem as suas atividades. Como que justificando a não atribuição de mais apoios, o vice-presidente da Câmara Municipal assegura que as autarquias não terão capacidade para suportar todas as alterações. “Compreendo as preocupações, mas isso não vai ser possível”, adiantou.

Já Jorge Sequeira assegura que “cada caso será tratado de acordo com a sua situação específica. Não há motivo para alarmismo nem preocupação”, garantiu. No entanto, deixou o aviso de que “a Câmara tem que ser prudente na gestão do dinheiro público”. Concretamente no que diz respeito ao desporto, lembra que muitos dos clubes tiveram redução da sua atividade, o que por sua vez fez com que tivessem menos despesas, no entanto, “não reduzimos o financiamento”, concluiu.

Paulo Cavaleiro retorquiu, assegurando ter consciência da situação financeira do município, “e de como ela era no passado”. Nesse sentido, não deixou de lembrar Jorge Sequeira de que “se o senhor gerisse uma Câmara que tinha 25 milhões de euros só de dívida, relativo a dois anos e meio de receita, isso é que era difícil”. Aproveitou ainda para lembrar que “o Governo tem vinda a tomar várias medidas quer de apoio, quer de excessão, para que os municípios tenham mecanismos para puderem intervir”. Por último ainda apontou o facto de que “este ano estamos a viver devido a uma questão financeira relativa ao ano passado, que nos condiciona muitas das ações”. A juntar a isto falou ainda da questão da Repsol, “que até seria uma boa notícia, mas que acabou por não correr muito bem, condicionando a nossa ação este ano. Mas, esse não é um problema dos sanjoanenses, mas sim de quem está a gerir a cidade”, concluiu.

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