
Golf – A oitava geração
29/07/2020
A oitava geração do Golf já chegou e mostra uma evolução e uma revolução tecnológica invejável no seu segmento. Conheça de forma pormenorizada o mais recente lançamento da marca alemã.
Com a chegada da nova geração do Golf importa saber se a oitava geração corresponde aos desejos e expectativas do modelo que durante muitos anos foi referência no segmento. Venha connosco nesta viagem e fique a saber em primeira mão, se o Golf tem atributos para defender o título.
Os dados são reveladores e é incontornável que o Volkswagen Golf é um dos ícones da indústria automóvel. Se não vejamos. Mais de 35 milhões de unidades vendidas em todo o mundo fizeram deste modelo germânico a referência no segmento, um título conquistado graças à qualidade e robustez, mas também fruto de uma estética cuja evolução tem acontecido segundo o princípio da continuidade e nunca da revolução e, talvez por isso, continue a ser o líder de vendas em muitos mercados. Por essa razão a casa de Wolfsburg tem mantido a fórmula de várias gerações ao longo de quase cinco décadas onde as linhas evoluíram e, independentemente da geração, sabemos sempre quando um Golf passa por nós! Tal como em 1974, a silhueta de dois volumes, com um pilar traseiro muito robusto, continua ainda hoje bem presente no modelo.
Exteriormente a nova geração diferencia-se, essencialmente, nas extremidades. A frente tem um capot arredondado, com os faróis numa posição mais baixa, à semelhança do Passat e do Arteon; os faróis dianteiros com nova assinatura luminosa, tal como as óticas traseiras, assumem um contorno mais recortado. De perfil, a maior diferença reside na presença do que os designers da VW denominam de Tornado Line, por outras palavras, a reta que define a linha de cintura, unindo a dianteira e a traseira, contornando o veículo, de forma continua.
Quanto a medidas, o novo Golf mantém-se compacto: 4,284 m de comprimento (cresceu 26 mm face ao Golf 7), 1,789 m de largura (-1 mm) e 1,456 m de altura (-36 mm), resultando num aumento da habitabilidade, sobretudo nos lugares traseiros, enquanto a bagageira mantém os mesmos 380 litros (piso em dois níveis) com os cinco lugares, chegando aos 1237 litros com os bancos rebatidos. Esta geração está disponível apenas com carroçaria de cinco portas.
Se no exterior temos uma evolução, no interior podemos falar numa revolução. Os botões quase desapareceram do tablier, com a VW a colocar no ecrã central tátil a quase totalidade das funções e configurações. As luzes, desembaciador dos vidros, climatização, modos de condução, assistente de estacionamento e assistente de condução são controlados por pequenos painéis sensíveis ao toque, tal como num smartphone.

O Digital Cockpit de 10,25” é de série, e a forma comos se liga ao ecrã central faz com que pareçam unidos, criando uma experiência visual muito apelativa, reforçada pelo sistema de iluminação ambiente com 32 cores disponíveis.
Algo que também não mudou é a qualidade geral muito elevada. O tablier tem revestimento macio ao toque na parte superior, assim como nas portas, combinando com plásticos duros nas zonas inferiores, mas com construção bastante sólida e robustas a todos os níveis.
A bordo não faltam ainda diversos espaços de arrumação nem as indispensáveis tomadas USB-C (também atrás) que garantem integração com aparelhos compatíveis com Apple CarPlay.
A oferta de motores disponíveis para o novo Golf abrange todo o tipo de propostas (gasolina, diesel, mild Hybrid e híbrido Plug-in). Nos motores a gasóleo o novo Golf promove a substituição do motor 1.6 TDI pela variante 2.0 TDI em dois níveis de potência. Conduzimos o modelo equipado com o motor 2.0 TDI com 115 cv. Entre outros aspetos técnicos, tem como principal novidade o facto de utilizar dois catalisadores seletivos, destinados a reduzir os óxidos de azotos através da injeção de ureia. Está associado a uma caixa de 6 velocidades bem escalonada que permite boas recuperações a baixos regimes, graças ao binário de 300 Nm disponível logo às 1600 rpm. Estão disponíveis três modos de condução (Eco, Confort e Sport). Neste 2.0 TDI, a VW anuncia 202 km/h de velocidade máxima e cerca de 10” na aceleração dos 0 aos 100 km/h. Nota de destaque para os consumos com este novo bloco, que ao longo do nosso teste terminamos com uma média na casa dos 4,3 l/100 km, num tipo de condução misto entre urbano e estrada.

Ao volante o comportamento mereceu nota muito positiva, com filtragem muito competente das irregularidades do piso e boa estabilidade direcional em curva e no interior uma excelente insonorização a bordo.
O Golf 8 já está disponível na Garagem de Arrifana em quatro níveis de equipamento: Golf, Life, Style e R-Line. Os preços começam nos 24.456 euros para o 1.0 TSI. O modelo ensaiado com o motor 2.0 TDI de 115 cv está disponível por 32.300 euros. Muitos e bons argumentos para o Golf continuar a defender o título como referência no segmento.