03/02/2021
A partir desta semana o estacionamento à superfície em Oliveira de Azeméis passou a ficar isento de pagamento, por despacho do presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge. A medida surge na sequência da renovação do estado de emergência. PSD ironiza e diz que “mais vale tarde ou muito tarde do que nunca”.
Na passada segunda-feira, 1 de fevereiro, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, emitiu um despacho com a manutenção de todas as medidas impostas até agora durante as renovações dos estados de emergência determinados pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e no qual acrescentou “a suspensão do pagamento do estacionamento oneroso à superfície”, pode ler-se no documento.
A partir da passada segunda-feira, 1 de fevereiro, a autarquia de Oliveira de Azeméis isentou o pagamento à superfície, bem como os parques de estacionamento no centro da cidade que voltarão a ser gratuitos até “ao términus do dever geral de recolhimento obrigatório”. Com a implementação desta medida, também foi determinada “a afetação dos fiscais que realizam fiscalização de trânsito aos restantes serviços de fiscalização”.
A isenção do pagamento do estacionamento à superfície, era uma das muitas medidas que a oposição reclamava há muito tempo. Os vereadores do PSD, na semana passada, em conferência de imprensa já haviam acusado o executivo de que o investimento da autarquia no combate direto à pandemia havia ficado muito aquém da sua responsabilidade, obrigação e discurso. “Estamos nos 15 municípios que menos investiram, 0,70€ investido por habitante e 155€ por cada pessoa infetada”, referiu a vereadora Carla Rodrigues perante a leitura dos dados do relatório do Tribunal de Contas. “Este relatório desmente a retórica do Sr. Presidente porque na verdade ignorou e desprezou as necessidades e aflições das pessoas, das coletividades, das associações, dos agentes económicos. Se um Município não serve para acudir em momentos de profunda crise de saúde pública e socioeconómica, então não serve para nada”, concluiu.
Perante a medida agora despachada, Nuno Pires, presidente do PSD de Oliveira de Azeméis, ironizou nas redes sociais afirmando que “só foram precisos 15 dias de confinamento geral, 360 horas e 21.600 minutos para tomar esta decisão tão “difícil e estrutural” para os cofres do município”, concluindo que “mais vale tarde ou muito tarde do que nunca”.