Covid-19 – Continuam a aumentar o número de infentados na região

26/03/2020

Portugal regista, segundo os dados divulgados pela DGS esta quarta-feira, 2995 casos confirmados e 43 mortes. A região das Terras de Santa Maria voltou a registar subida do número de infetados, mas não há mortes a lamentar, além do caso já conhecido de um residente em S. João da Madeira.

Destes dados apresentados, a região tem em Ovar a zona mais crítica, atingindo 114 casos confirmados, duas mortes e 4 casos confirmados. Segue- se o concelho de Santa Maria da Feira, que hoje chegou aos 61 casos confirmados, mas felizmente não tem mortes a lamentar.

Oliveira de Azeméis também não foge à regra e voltou a subir o número de casos infetados, subindo para 33, sendo que dois dos casos se reportam a dois padres do Seminário das Missões Boa Nova, em Cucujães. Os dois indivíduos já têm mais de 80 anos de idade, e um dos casos inspira maiores cuidados, estando internado no Hospital S. Sebastião, na Feira. Já o outro caso está em isolamento nas instalações do seminário, onde também se encontram em quarentena, nos seus quartos, os restantes padres, devidamente monitorizados. Nas Terras de Santa Maria, S. João da Madeira é o concelho com menos casos confirmados, apesar de hoje ter voltado a subir, apresentando 6 casos. No entanto, e infelizmente já lamentou uma morte.

Numa altura em que Portugal entrará na fase de mitigação da doença às 00h00 desta quinta-feira, os números continuam a subir, entrando agora o país na fase 3.2, onde acontece a transmissão comunitária. Segundo Graça Freitas, “Não é exuberante nem descontrolada, mas existe”. Esta fase corresponde ao nível de alerta e resposta mais elevado, sendo esta a fase mais grave de contágio.

“À meia-noite, vai entrar em vigor um novo plano para abordar a covid-19”, referiu, acrescentando que passaremos agora “das medidas da fase de contenção para as medidas da fase de mitigação”. Graça Freitas salientou ainda que “como em todas as mudanças, a fase de transição pode ter alguma turbulência”, uma vez que “não se muda de paradigma assistencial de um dia para outro sem que exista turbulência”.

Mas, afinal o que é a fase de mitigação? “As fases de respostas incluem três níveis e seis subníveis, de acordo com a avaliação de risco para covid-19 e o seu impacto para Portugal”, descreve o documento. Após a fase de preparação, na qual “não existe epidemia ou epidemia concentrada fora de Portugal”, entrámos nas seguintes fases de resposta previstas no plano estratégico das autoridades, até termos chegado ao nível 3 de alerta, o mais elevado, que corresponde à fase de mitigação. Esta fase pressupõe a “presença de casos de covid-19 em território nacional”, dividindo-se em dois subníveis: nível 3.1. — “cadeias de transmissão em ambientes fechados”; nível 3.2. — “cadeias de transmissão em ambientes abertos”.

Durante esta fase, “as cadeias de transmissão do covid-19 já se encontram estabelecidas em Portugal, tratando-se de uma situação de epidemia/pandemia activa”. As medidas de contenção passam a ser insuficientes e “a resposta é focada na mitigação dos efeitos do covid-19e na diminuição da sua propagação, de forma a minimizar a morbimortalidade — a relação entre o número mortes provocadas pela doença, num determinado local e período de tempo — e/ou até o surgimento de uma vacina ou novo tratamento eficaz”.

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