
Circos desesperam. Câmaras só passam licenças em outubro
02/06/2020
Os circos são uma das atividades que está a ter mais dificuldade na retoma, não estando a conseguir licenças dos municípios para trabalhar antes do mês de outubro. Outras áreas da cultura já começam lentamente a regressar ao ativo, mas estes profissionais queixam-se de não puderem trabalhar. Nesse sentido, apresentaram proposta na Assembleia da República a pedirem subsídios mensais equivalentes ao salário mínimo nacional, de 635 euros.
Esta segunda-feira, 1 de junho, iniciou-se a terceira fase de desconfinamento, e com ela a possibilidade das salas de espetáculos abrirem portas, mas os circos não estou a ter a mesma possibilidade. Segundo os responsáveis da Associação Portuguesa de Empresários e Artistas de Circo (APEAC), as autarquias não passam licenças para que possam trabalhar, uma medida que só deverá acontecer em outubro.
Até lá, não sabem como vão fazer para sobreviver e, por isso, os artistas circenses querem subsídios mensais equivalentes ao salário mínimo, de 635 euros. Este é um pedido que consta numa proposta que foi entregue na Assembleia da República e que vai ser discutida entre a APEAC e o Ministério das Finanças.

O setor que tinha a época de verão como uma das mais fortes para trabalhar, vê-se agora na contingência de não poder atuar e sofrer uma forte perda na receita, isto já depois de ter encerrado portas em março deste ano. Sobrevivência é já palavra de ordem para estes profissionais, que para além do subsídio até voltarem a trabalhar, querem voltar a ter isenção de Imposto Único de Circulação e regras para licenciamento mais fáceis.
Segundo Carlos Carvalho, porta-voz da Associação Portuguesa de Empresários e Artistas de Circo o ministério das finanças já chamou a associação para uma reunião, onde poderá ser debatida a dependência que o setor tem das câmaras municipais, para a passagem de licenças, e que neste caso está claramente a colocar em risco a sobrevivência de várias famílias, que estão dependentes do trabalho para terem fonte de receita.