CDS questiona Governo sobre instalação de Central Fotovoltaica em S. João de Ver

03/03/2021

Numa pergunta dirigida ao Ministro do Ambiente e Ação Climática, o deputado do CDS, João Pinho de Almeida questionou sobre a instalação de Central Fotovoltaica em S. João de Ver. O parlamentar quer a confirmação da existência do projeto, qual a área prevista para a instalação e como será financiado.

O deputado do CDS eleito por Aveiro, João Pinho de Almeida, quer que o ministro confirme que existe um projeto para instalar uma Central Fotovoltaica em S. João de Ver, qual a área prevista para instalação desta Central e como será realizado o financiamento deste projeto.

Na sua intervenção o deputado questionou, também, em que se baseou a escolha da encosta do Pinhal do Conde para a instalação da Central, e se foi feita “alguma análise prévia de eventuais impactos negativos desta instalação, nomeadamente ambientais, paisagísticos e quanto à qualidade de vida da população, e se foi feito algum estudo de rentabilidade comparativo com outras centrais instaladas em zonas de maior exposição solar”, informou o CDS em comunicado.

Por último, João Pinho de Almeida também quis saber se houve alguma espécie de debate ou consulta prévia junto da população e autarcas de S. João de Ver e se, “face às muitas questões e dúvidas que estão a surgir localmente, não considera o ministro pertinente a realização de uma Avaliação de Impacte Ambiental deste projeto”.

João Pinho de Almeida – deputado do CDS eleito por Aveiro

Os centrista consideram tratar-se de um projeto que “acarreta graves impactos ambientais e paisagísticos, uma vez que a construção da central fotovoltaica conduzirá a uma drástica alteração de toda a encosta da vila, ao abate de toda a floresta existente, à movimentação das linhas e ribeiras de água e, consequentemente, a alterações térmica e de luminescência em toda a envolvência”.

No mesmo comunicado, o CDS recorda que a vila de S. João de Ver, no concelho de Santa Maria da Feira, tem uma população superior a 10 mil habitantes, com elevada densidade populacional de 650 habitantes por quilómetro quadrado, “o que por si só torna pouco viável este tipo de projetos”, asseguram.” Estamos a falar de uma estrutura de muitos hectares, espelhada, que irá confrontar com importantes urbanizações residenciais, como é o caso de Giesteira de Cima ou Vila Areal”, refere.

Além disto, e num país com vastas áreas de maior exposição solar e menor densidade populacional, é curioso a aprovação deste projeto numa encosta arborizada, com pouca exposição solar a poente/noroeste e localizada na região do litoral norte da Península Ibérica.

A concluir o comunicado, João Pinho de Almeida fundamenta a sua preocupação e as questões levantadas, com o facto de que “o Pinhal do Conde é uma zona muito querida para todos os sanjoanenses, que merece ser preservada, e um projeto deste tipo não pode ser aprovado sem qualquer discussão pública ou levantamento de eventuais consequências danosas para a população e para o ambiente”.

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