Bloco de Esquerda denuncia que grupo Faurecia prepara-se para despedir 400 trabalhadores

08/04/2020

Bloco de Esquerda denunciou que as empresas Faurecia Metal e Faurecia Moldados pertencentes ao grupo Faurecia, situadas em S. João da Madeira, preparam-se para despedir mais de 400 trabalhadores dos atuais cerca de 2100. Em nota dirigia à imprensa os deputados Moisés Ferreira e Nelson Peralta dão conta de que estas empresas encontram-se em lay off e pretendem dispensar todos os trabalhadores contratados através de empresas de trabalho temporário ou que tenham contratos temporários. “Estamos a falar de uma multinacional que movimento muitas receitas e que ao longo dos anos tem recebido inúmeros apoios para a sua fixação em Portugal, mas que agora está a usar como argumento a existência da pandemia relacionada com a Covid-19 para fazer despedimentos de forma massiva”, referem.

O Bloco de Esquerda denunciou esta quarta-feira, 8 de abril, que a empresa fabricante de componentes para o ramo automóvel Faurecia prepara-se para despedir mais de 400 trabalhadores de duas unidades de S. João da Madeira. Os bloquistas fazem chegar a sua preocupação perante uma situação de lay off da empresa que agora quer dispensar todos os trabalhadores temporários ou que tenham contratos temporários. Recorde-se que a Faurecia Moldados, que emprega cerca de 1200 trabalhadores, em março esteve encerrada pelo menos uma semana, e que a Faurecia Metal, que conta com aproximadamente 900 operários, e pela mesma altura registava um caso confirmado de Covid-19 entre os funcionários, o que obrigou à quarentena de 30 pessoas, são as unidades que, segundo o BE estão sob a esta possibilidade de despedimento.

“Estamos a falar de uma multinacional que movimento muitas receitas e que ao longo dos anos tem recebido inúmeros apoios para a sua fixação em Portugal, mas que agora está a usar como argumento a existência da pandemia relacionada com a Covid-19 para fazer despedimentos de forma massiva”, referem os deputados do BE. Moisés Ferreira e Nelson Peralta já questionaram o Ministério do Trabalho e Segurança Social sobre a situação, defendendo que “o Governo deve fazer uso da possibilidade de impedir despedimentos que lhe é conferida pelo atual estado de emergência”.

Segundo o BE, “a perda de emprego representa sempre um drama social, neste caso agravado pelo facto de muitos destes trabalhadores não terem descontos suficientes para aceder ao subsídio de desemprego”, referem. Estes despedimentos, a concretizarem-se, “vão certamente provocar graves problemas sociais que urge combater e minorar de imediato. O pior que e pode fazer é acrescentar uma enorme crise social a uma crise sanitária, pelo que os despedimentos devem ser combatidos e os empregos devem ser preservados”.

Nesse sentido, o BE para lá de ter questionado o Governo, quer também que a Autoridade para as Condições do Trabalho intervenha imediatamente neste caso. “Preservar os postos de trabalho, proteger os rendimentos dos trabalhadores e não permitir que multinacionais aproveitem a crise epidémica para despedir a seu belo prazer é o que tem de ser feito”, afirmam.

Os deputados do BE aproveitam, ainda, para que o Governo averiguo “o uso e abuso a empresas de trabalho temporário e a contratos temporários por parte desta multinacional”, considerando que estes postos de trabalho não são necessidades pontuais, mas sim necessidades permanentes.

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