BE acusa Indaqua de aumento de preços da fatura da água em Oliveira de Azeméis

27/03/2020

O Bloco de Esquerda (BE) acusa a Indaqua, empresa que tem a concessão da água e saneamento em Oliveira de Azeméis de aumenta de preços em plena pandemia. Partido exige a suspensão imediata das tarifas da água e saneamento, enquanto a pandemia estiver a assolar as populações e pede que a Câmara Municipal anule contrato com a Indaqua.

O Bloco de Esquerda, em comunicado enviado às redações, acusa a Indaqua, empresa que tem a concessão de água e saneamento em Oliveira de Azeméis, de estar a a fazer a vida dos oliveirenses “num autêntico inferno”. Desde que foi dada a concessão à empresa privada, garantem que “todos os meses os munícipes sentem as suas carteiras a esvaziarem de forma veloz devido às faturas exorbitantes com que se deparam”. Os bloquistas consideram que a água é um bem público e que foi entregue aos privados, “para que estes acumulem lucros obscenos à custa das populações”. E, por isso, mostram-se contrários a esta concessão.

Entretanto, e em pleno estado de emergência alertam para o facto de que a fatura não baixa. Segundo se pode ler na nota de imprensa, “a tarifa fixa de abastecimento de água de 0,1472 passou para 0,161. Já a tarifa variável do abastecimento de água do 1º escalão passou de 0,5784 para 0,6328 e o 2º escalão de 1,5424 passou para 1.6824. A tarifa fixa saneamento passou de 0,1455 para 0,1592”. No que diz respeito à tarifa variável de saneamento do 1º escalão afirmam que passou “de 0,7159 passou para 0,7832 e o 2º escalão passou de 1,5359 para 1,6802. Já a taxa de recursos hídricos de 0,0313 passou para 0,0364”. E asseguram que estes aumentos tiveram início em 03/03/2020.

Mas, o Bloco de Esquerda, deixa também acusações ao presidente da Câmara Municipal, Joaquim Jorge, lembrando que “numa altura destas em que a população sofre as consequências dramáticas da pandemia provocada pelo COVID 19 esperava-se uma posição firme por parte do presidente da Câmara para que seja exigida a suspensão imediata do pagamento das tarifas de água e de saneamento para defender os habitantes do Concelho”. Só que acusam o edil oliveirense de “passividade total”, que dizem estar a ser aproveitada pela empresa “para engrossar os lucros à custa da população”. O BE acusa ainda a empresa de não ter respeito por ninguém e “vivem exclusivamente do lucro desmedido a qualquer preço”.

Para o BE, esta situação revela que o contrato de concessão deve ser anulado por parte da Câmara Municipal e dão o exemplo de outras autarquias de cidades europeias, que colocaram um fim nos contractos de concessão e passaram a gerir elas as redes de água e de saneamento. “Não basta afirmar que se ama o concelho, mas depois nada se faz para defender os oliveirenses”, apontam . E, são peremptórios ao exigirem “a suspensão imediata das tarifas da água e saneamento, enquanto esta pandemia estiver a assolar as populações”. Não se ficando por aqui, apelando aos responsáveis autárquicos que, depois “percam o medo e que avancem com o fim do contrato de concessão”. A nota termina com o BE a afirmar que “primeiro está a vida dos oliveirenses e não os lucros de uma empresa privada que não tem o mínimo de respeito por ninguém”.

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