26/12/2020
Apesar das restrições impostas pela pandemia da covid-19, celebrou-se este sábado, 26 de dezembro, a festa em honra de Santo Estevão, em Arrifana. Em moldes diferentes de anos anteriores, a capela de planta circular e cobertura cónica, que foi reconstruída em 1917, recebeu os devotos a este santo, tendo sido realizadas duas missas. No entanto, a tradicional procissão não se realizou, nem a festa popular, onde beber um copo de jeropiga é quase que obrigatório. O que continua a ser como diz a tradição é que choveu na Santa Luzia e esteve sol no Santo Estevão.
Como manda a tradição a 26 de dezembro celebra-se o dia de Santo Estevão, no lugar com o mesmo nome, na vila de Arrifana. Este ano, e devido às restrições impostas pela pandemia da covid-19, as celebrações limitaram-se à realização da missa, que aconteceu às 9h00 e às 11h00, na capela que foi reconstruída pelos arrifanenses, depois de um forte temporal que a destruiu em 1916. A tradicional procissão não saiu à rua, nem a festa popular se realizou.
Diz ainda a tradição que neste dia se deve beber jeropiga, mas a pandemia impossibilitou que este ano pudesse ser cumprida. Mas, já no que diz respeito a outra das crenças e lendas que se contam nesta data, relacionadas com o estado do tempo, essa foi cumprida. Se chover na Santa Luzia, faz sol no Santo Estevão, e vice-versa, algo que mais uma vez se cumpriu, dando força a essa crença que é contada pelos mais antigos, que dizem que “quando a Santa Luzia chora, o Santo Estevão ri”.

Conta a história que “depois do cumprimento da promessa de Jesus, o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, os discípulos formaram as primeiras comunidades cristãs, e nelas, se vivia o principio da caridade cristã, e se colocava tudo em comum. Com o crescimento da comunidade, os apóstolos confiaram o serviço da assistência diária a sete ministros da caridade, chamados diáconos, entre eles, sobressaía Estevão, homem de fé, cheio de graça e força, possuía um grande zelo pelo anúncio da Boa Nova. Santo Estêvão, o primeiro mártir da Igreja nascente, jamais renunciou a Deus e, sendo levado para fora da cidade, foi apedrejado. Diante da chuva de pedras que caía sobre ele, dobrou o joelho e pronunciou as mesmas palavras de perdão do seu mestre: “Senhor, não lhes imputes este pecado”.