500 aves e 150 espécies diferentes para ver no Zoo de Lourosa

17/10/2020

Numa altura em que o Zoo de Lourosa celebra 30 anos de existência a data fica marcada pelo nascimento de três crias de Mutum-de-bico-azul, espécie criticamente em perigo. Aqui pode ver cerca de 500 aves de 150 espécies diferentes.

Os 30 anos de existência do Zoo de Lourosa ficam assinalados com o nascimento de três mutuns de bico azul. Esta é uma espécie endémica da Colômbia que se encontra criticamente em perigo devido à perda de habitat e à captura. Estima-se que existam pouco mais de 1000 aves desta espécie em habitat natural. O Zoo de Lourosa é um dos três Zoo Europeus que albergam esta espécie e o único a reproduzi-la.

O casal existente no Zoo de Lourosa é fruto de um intercâmbio entre o Zoo de Houston e o Zoo de Lourosa que se realizou em 2011. Na altura, O Zoo de Houston procurava aves de origem diferente para introduzir na população Americana e o Zoo de Lourosa estava com problemas de consanguinidade nas suas aves. Uma troca de casais de mutuns de bico azul entre as duas instituições veio solucionar ambos os problemas.

Desde a chegada das aves de Houston, o sucesso reprodutivo tem sido pontual, nunca ultrapassando uma cria por ano. No entanto, 2020 revelou-se um ano surpreendente a nível da criação de aves e esta espécie não foi exceção. Após três posturas de ovos que não foram bem-sucedidas, nascem duas crias em agosto e uma terceira em setembro. Os ovos foram incubados artificialmente e o desenvolvimento embrionário meticulosamente acompanhado pelo médico veterinário do Zoo. De acrescentar que o Mutum de bico azul gera até dois ovos por postura, que incuba durante 28 a 30 dias

Os pequenos mutuns encontram-se ainda na sala de criação do Zoo de Lourosa, onde permanecerão até estarem suficientemente desenvolvidos para poderem passar para uma instalação exterior.

Para além de participar no Studbook internacional do Mutum de bico Azul, o Zoo de Lourosa participa em mais de 30 outros Programas de Conservação. São disso exemplo, o EEP ((European Endagered Species Programme) da Maina de Bali (Leucopsar rothschildi), do Grou do Japão (Grus japonensis), do Calau rinoceronte (Buceros rhinoceros) e da Arara ambígua (Ara ambiguus) e os ESB (European Studbook) do Casuar comum (Casuarius casuarius), do Faisão Argus (Argusianus argus), do Lori de dorso amarelo (Lorius garrulus flavopalliatus) e do Faisão de Rothschild (Poliplectron inopinatum) ;

Um Zoo com 30 anos de história

O Zoo de Lourosa abriu oficialmente as suas portas ao público em outubro de 1990, sendo nessa altura propriedade de um particular. Em 2000 foi adquirido pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira no sentido de serem cumpridas as normas comunitárias relativas à exposição de animais ao público. Nesse mesmo ano encerra temporariamente para sofrer algumas obras de remodelação, e a sua reabertura acontece em 2001. Ainda em 2000, por deliberação da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, foi constituída a Empresa Municipal Feira Viva – Cultura e Desporto, que desde março de 2001 tem sob sua responsabilidade a gestão deste equipamento.

Cerca de 500 aves de 150 espécies diferentes

O Zoo de Lourosa conta com uma invulgar coleção de aves, constituída por cerca de 500 aves de cerca de 150 espécies diferentes, algumas das quais raras ou ameaçadas de extinção.

As aves estão inseridas em espaços onde as condições de bem-estar são uma prioridade. Estes tentam reproduzir o mais fielmente possível o habitat selvagem das mesmas, encorajando-as a que manifestem os padrões de comportamento que habitualmente manifestam no seu ambiente natural.

Com o intuito de enriquecer a sua coleção de aves e aumentar a sua atratividade, o reforço da coleção de aves com interesse conservacionista e educativo tem sido uma das prioridades. Grande parte das espécies que ingressam no Zoo de Lourosa são o resultado de doações ou trocas com outras Instituições Zoológicas Nacionais ou Estrangeiras, sendo que muitas delas participam em Programas Internacionais de Conservação. O Zoo pode congratular-se com a reprodução e vinda regular de novas espécies que contribuem para um dos princípios fundamentais que rege a filosofia de um Zoo: Conservar!

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