Descarga ilegal de esgoto no rio Cáster no centro da Feira

16/08/2020

No passado dia 13 de agosto o rio Cáster sofreu uma descarga ilegal de esgoto em pleno centro da Cidade de Santa Maria da Feira, que a coordenação distrital de Aveiro do Bloco de Esquerda denunciou, reclamando maior eficácia na penalização de “recorrentes” crimes ambientais nesse concelho. Autarquia diz ter tomado conhecimento do sucedido e enviado técnicos para o local, acompanhados de elementos da concessionária do saneamento a Indaqua.

O deputado Nelson Peralta do Bloco de Esquerda (BE) denunciou uma descarga ilegal de esgoto no rio Cáster, em pleno centro de Santa Maria da Feira, que diz ter sido presenciada por várias pessoas. Esta descarga surge um dia depois da divulgação, também pelo BE, de outras emissões indevidas de águas e óleos industriais em cursos fluviais das Caldas de São Jorge e de Sanfins, conforme já havíamos noticiado.

O deputado lembra que esta situação “é recorrente ao longo dos últimos anos”, e lamenta que “estranhamente os infratores nunca são detetados e, por conseguinte, responsabilizados. Assim, estes crimes ambientais repetem-se de forma cíclica, deixando este rio permanentemente poluído”.

O BE exige que “o combate aos crimes ambientais não pode ser descurado, muito menos minimizado ou normalizado, como alguns atores políticos o fazem”, apelando a que o Governo adote “medidas robustas capazes de combater todo e qualquer foco poluidor. Nesse sentido, já abordaram o assunto junto do Governo, requerendo ao Ministério do Ambiente os esclarecimentos do costume: “Que medidas vai implementar para verificar a origem destas descargas poluentes, que, infelizmente se repetem ao longo dos últimos anos? Que medidas vão ser implementadas para colocar um fim a estas descargas poluidoras?”.

A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, diz ter tomado conhecimento da poluição no rio Cáster “através do SEPNA – Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR”, e assegura ter enviado técnicos da autarquia ao local com uma equipa da concessionária do saneamento Indaqua. Para já dizem não ser possível identificar a origem da emissão ilícita, garantindo tratar-se de uma “descarga realizada a montante”.

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