Rios e oceanos cheios de plástico, máscaras e luvas

19/07/2020

Durante o mês de julho foi lançada a campanha “Julho sem Plástico”, que pretende consciencializar a população mundial para a redução do uso do plástico. Numa altura em cada vez mais a poluição dos rios e oceanos é uma preocupação transversal à grande maioria da população, este movimento ganha força, reforçado com o aumento da mais recente praga poluidora, as máscaras e luvas descartáveis. A cada ano, já são mais de 8 milhões de toneladas de plástico que acabam nos oceanos, provocando graves prejuízos à vida marinha, à pesca e ao turismo. Por isso, a campanha que está em curso quer estimular as pessoas a realizar pequenas mudanças no seu dia a dia, que num futuro muito próximo, podem vir a fazer uma diferença enorme no planeta.

O problema é já antigo e tem vindo a agravar-se. A concentração de plástico nos rios e oceanos já atingiu valores preocupantes, que rondam os 8 milhões de toneladas, que acabam todos os anos no fundo dos oceanos, provocando graves prejuízos à vida marinha, à pesca e ao turismo. E, nesse sentido, algumas políticas começaram a ser tomadas em diversos países para a redução do uso do plástico. Há uma década que no mês de julho é lançado o desafio global para se conservar o planeta, intitulado “Julho sem Plástico”. Esta é uma iniciativa que já chegou a 250 milhões pessoas de 177 países, no entanto, não parece ter sido suficiente, porque os sinais de alerta continuam a ser preocupantes.

Com esta campanha, o objetivo é encontrar alternativas para evitar plástico de uso descartável. Assim, a mensagem que os ambientalistas tentam transmitir, passa por incutir nas pessoas para que estas comecem a realizar pequenas mudanças na sua vida diária, que ao longo do tempo, podem vir a fazer toda a diferença no futuro do planeta. Alguns dos exemplos apresentados passam pela substituição dos sacos de plástico nos supermercados, para transporte da fruta e legumes, bem como nas padarias para o transporte do pão, por sacos reutilizáveis que poderá trazer de casa. Outra das dicas sugeridas é o uso de uma garrafa de água reutilizável, em vez da tradicional garrafa de plástico.

8 milhões de toneladas de plástico acabam todos os anos no fundo dos oceanos

Recorde-se que, só em 2016, a produção mundial de materiais plásticos foi de 280 milhões de toneladas, das quais cerca de 1/3 era de uso único, que após poucos minutos de utilização, são atirados no lixo e raramente, reciclados. É que apesar das cidades cada mais vez terem ecopontos, nem por isso se tem verificado um grande aumento dos valores da reciclagem.

Perante este cenário, os níveis de poluição dos rios e oceanos tem sido algo que deixa bastante preocupadas as organizações ambientalistas, muito devido à ação do Homem. Se não vejamos, o que a Quercus refere, no que sucedeu com o confinamento obrigatório, motivado pela pandemia da Covid-19. Se por um lado a pandemia de Covid-19 demonstrou ao mundo que quando algumas atividades humanas param, a saúde do nosso planeta melhora, o mesmo não podemos dizer sobre os nossos oceanos”, lamentam.

Por isso, no entendimento da Quercus, a “falta de civismo e educação agravou de forma visível a poluição marinha, com o descarte de objetos de proteção individual nas ruas que acabam por ter como destino final o fundo dos mares e oceanos”.

Máscaras e luvas descartáveis a nova preocupação ambiental

Mas, com a pandemia do novo coronavírus este cenário, infelizmente, agravou-se e atualmente os rios estão já cheios de máscaras cirúrgicas e de luvas médicas descartadas por pessoas que não pensam nas consequências dos seus atos no meio ambiente. Nesse sentido, a organização ambientalista Zero deixa um conselho para que deixe de “usar e deitar fora”.

Mas, então, onde colocar as máscaras e luvas descartáveis usadas? Para isto, a Direção-Geral da Saúde (DGS) é bem explícita quanto a esta matéria e afirma que as máscaras descartáveis usadas devem ser colocadas no lixo doméstico e não em qualquer ecoponto para reciclagem, e muito menos na via pública. Já em relação às máscaras comunitárias, estas devem ser higienizadas após utilização, para que possam ser reutilizadas. “Uma máscara descartável deve ir para o chamado lixo doméstico, não deve ir para o ecoponto, e nunca deve ser abandonada na via pública — óbvio que não”, afirmou a diretora da DGS, Graça Freitas.

Preocupadas com esta nova escalada de poluição a associação ambientalista espanhola WWF, lançou uma campanha no país vizinho pedindo civismo. “Apanha a Luva” é o nome da campanha, onde a organização apela para a responsabilidade dos cidadãos para porem as luvas e máscaras de proteção nos contentores do lixo, protegendo desta forma a saúde de todos e evitando que os rios e mares do planeta fiquem ainda mais poluídos. Nesta ação, a associação, pede ainda um plano urgente de gestão dos resíduos provocados pela pandemia.

Related Posts

Desde 1 de maio que a Linha do Vouga conta com o Passe Andante
Já arrancou a maior edição de sempre do Andebolmania
Feira transforma-se em cidade palco vivo da Paixão de Cristo

Leave a Reply