
Sobrelotação de passageiros nos comboios da Linha do Vouga
11/07/2020
O Bloco de Esquerda (BE) alerta para sobrelotação de passageiros nos comboios da Linha do Vouga, entre Oliveira de Azeméis e Espinho, sem cumprimento do distanciamento social. Outra das acusações que os bloquistas fazem, é a dificuldade em cumprir horários, chegando a ter atrasos de cerca de uma hora. A Deputada oliveirense, Helga Correia, foi a porta-voz do PSD, que também questionou o Governo sobre esta matéria.
O Bloco de Esquerda (BE) acusa, em comunicado, a sobrelotação de passageiros dos comboios que circulam na linha do Vouga, entre Oliveira de Azeméis e Espinho. Para além da dificuldade em cumprir os horários, chegando a ter atrasos de cerca de uma hora, circulam sobrelotados e sem a possibilidade de garantir distanciamento físico entre os passageiros.
Os deputados do BE lembram. ainda, que este é um problema para o qual “já alertamos no verão passado, mas que, em plena pandemia, se torna ainda mais incompreensível”. Acrescentando que “em plena pandemia não podemos continuar a assistir impávidos e serenos à inoperância da CP e do Governo. Existem várias centenas de pessoas que, em particular na época de verão, utilizam diariamente a Linha do Vouga para fazer as viagens entre Oliveira de Azeméis e Espinho e que durante a maior crise de saúde pública dos nossos tempos não encontram as devidas condições de segurança.
Os deputados do Bloco, que já questionaram o Ministério das Infraestruturas e Habitação, falam numa situação que “está a criar muitos transtornos juntos dos passageiros, maioritariamente jovens, que durante a altura das férias de verão utilizam o “Vouguinha” para se dirigirem à praia. E, lembram que já por diversas vezes, “alertámos para a necessidade de reforçar a oferta desta ligação, modernizar a linha e garantir a segurança”. Nada satisfeitos com o que se está a passar nesta linha, acrescentam que “sabemos que há hoje comboios que não têm carruagens suficientes para conseguir transportar todos os passageiros, ficando os comboios lotados em vários horários, e deixando inclusivamente passageiros nos apeadeiros e nas estações”, refere o BE, em comunicado, acusando a CP e o Governo.
Quem também questionou o Governo, foi a deputada social democrata, Helga Correia, que perguntou “de que forma está a ser garantido o distanciamento social na Linha do Vouga”, e se “está definida alguma capacidade face ao material circulante existente?”, ou “que medidas de distanciamento social estão a ser planeadas e adotadas na Linha do Vouga, em especial nesta época de aumento de fluxo de passageiros?”.

Para os deputados do PSD, “chegados a 2020 e olhando para o estado atual da Linha do Vouga, poucas foram as melhorias implementadas, ao nível da infraestrutura e do material circulante, nomeadamente no troço entre Espinho e Oliveira de Azeméis, apesar dos alertas deixados pelos vários grupos parlamentares, na Assembleia da República”, acusam.
“O Grupo Parlamentar do PSD continua a acompanhar com preocupação o estado da Linha do Vouga. Contudo, a preocupação estende-se, neste período de desconfinamento, ao aumento do número de passageiros, numa altura em que o distanciamento social é obrigatório” – sublinham os parlamentares social democratas, vincando que a reabertura da conhecida Feira de Espinho e a chegada do verão e da época balnear trazem o habitual aumento de passageiros à Linha do Vouga.
Em documento entregue no Parlamento, os deputados do PSD afirmam em comunicado que “importa perceber que medidas estão a ser planeadas e implementadas, considerando os constrangimentos atuais, do distanciamento social, e do número reduzido de automotoras, que impede o aumento de resposta e de capacidade, no que diz respeito ao número de lugares”.
A Linha do Vouga atravessa os concelhos de Espinho, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria a Velha, Águeda e Aveiro e “serve potencialmente uma população de mais de 410 mil pessoas”.