
Ginásios “desesperam” pela reabertura de portas
23/05/2020
Ginásios e academias “desesperam” pela indicação de uma data para a reabertura. A vontade da Associação de Ginásios e Academias de Portugal é que aconteça a 1 de junho, mas não há garantias. DGS assegura que estão a trabalhar em conjunto com as associações do setor para definir regras de segurança.
Ainda não há garantias quanto à data de reabertura dos ginásios e academias. Numa altura em que os proprietários começam a desesperar, havendo mesmo alguns casos em que se encontram em situação catastrófica, há já quem tenha colocado o seu negócio à venda. Se o adiamento da reabertura se prolongar muito mais tempo, poderão surgir muitos mais casos. Esta é uma preocupação, principalmente dos pequenos ginásios, que são em grande maioria no país.
Com o desconfinamento, dois meses depois do encerramento da atividade, devido à pandemia de Covid-19, a esperança na reabertura, bem como a vontade e necessidade é muito grande, só que, nesta altura ainda não é do conhecimento público as orientações da Direção-Geral da Saúde para o exercício físico em espaço fechado.

Entretanto, Graça Freitas, adiantou em conferência de imprensa, na passada terça-feira, 19 de maio, que a DGS já está a trabalhar com as associações do setor de modo a que “as regras se possam cumprir e para que os utilizadores de ginásios e academias possam voltar a fazer a sua atividade seguros e protegendo a sua saúde”, referiu.
Hoje, parece já haver uma luz ao fundo do túnel sobre as regras de como poderão reabrir os ginásios. A Direção-Geral da Saúde (DGS) já pediu o parecer à Associação de Ginásios e Academias de Portugal (AGAP), que diz concordar.

“As medidas vieram de encontro às nossas expectativas, estamos muito contentes com o trabalho apresentado pela DGS e concordámos com a totalidade das medidas apresentadas. Iremos cumprir escrupulosamente aquilo que a DGS emanou”, garante o presidente da AGAP, em declarações ao Expresso.
E, apesar de ainda não serem públicas as orientações finais da DGS aos ginásios, os responsáveis desses equipamentos esperam que estes passem a funcionar com menos lotação, sob marcação prévia, com restrições ao nível da permanência dos utentes e procedimentos sistemáticos a nível de desinfeção. Também a utilização de balneários ficará, para já, interdita, só se podendo utilizar as casas de banho do ginásio para troca de roupa.

Em cima da mesa estão outras possíveis medidas a serem tomadas, como a limitação da permanência dos utentes a uma hora, ter horários específicos para idosos, proibir exercícios a dois, reduzir as aulas de grupo a 45 minutos salvaguardando distância de 4 metros quadrados por cada pessoa e com intervalos entre as sessões para arejar e limpar o espaço. Estas possibilidades fazem parte de um leque de propostas que a AGAP apresentou, e que conta ainda com a diminuição para metade da utilização de máquinas nas salas para exercícios de ‘cardiofitness’ e musculação, pondo gel desinfetante à disposição dos utentes para o aplicarem antes de cada utilização.
O uso de máscara estará fora de questão, até porque não é recomendado a sua utilização na prática desportiva. A associação assegura inclusive que o uso da máscara em esforço físico poderá ser perigoso para a saúde das pessoas e contraproducente.
Agora resta confirmar a reabertura a 1 de junho, algo que a AGAP se tem batido, devido ao impacto negativo que a paragem está a provocar na maioria dos ginásios em Portugal.