O mundo do seu escritório nunca mais será o mesmo

22/05/2020

Quando a vida finalmente voltar ao normal, após a pandemia do COVID-19, ter passado, muita coisa em nossa sociedade não será mais como conhecíamos, principalmente para os trabalhadores na área do conhecimento ou de escritórios. Com a pandemia passamos a ter mais reuniões, mais horas de trabalho e tudo será remoto ou pelo menos é o que parece.

O mundo finalmente vai se abrir após a pandemia. Muitos profissionais, ao voltar à rotina normal não mais verão o local de trabalho como lembrávamos. Isso vale para os chamados trabalhadores do conhecimento, nesse caso cientistas, investigadores, intelectuais, e todas as outras pessoas habituadas aos escritórios, aqueles que usam o raciocínio, o pensamento analítico ou os que usam seus contatos para produzir. Para esses o escritório parecerá muito diferente, principalmente a forma como trabalham. Depois desse gigantesco experimento de trabalho remoto durante alguns meses, para algumas áreas as coisas nunca mais serão as mesmas.

A pandemia abriu caminho não somente para a ideia de que trabalhar remotamente funciona, mas permitiu que muitas ferramentas fossem desenvolvidas e outras que apenas estavam esquecidas viessem à tona. Nunca se usou tanto o Whatsapp e o Skype par reuniões e entrevistas. Além disso, o surgimento de ferramentas de reuniões como o Zoom e o Google Meeting. Todas elas vieram para ficar, como parte dessa mudança que não deve mais voltar atrás.

O trabalho em casa tem confortos que no escritórios são impensáveis

Em Portugal, cresceu imenso as ofertas de emprego remoto. Um sinal de que o mercado já não pensa em mandar os empregados para casa, mas já contratá-los para não ir ao escritório. O que antes era reservado apenas ao setor de vendas, agora atinge patamares antes impensáveis: contabilistas, engenheiros, recepcionistas de consultório, economistas, desenvolvedores de software e a lista não para nunca.

Para grandes empresas de tecnologia, como a Apple e o Facebook, já está resolvido que o sucesso da operação montada durante a pandemia, permitirá que os funcionários fiquem, pelo menos, até o final do ano em trabalho remoto.

Em alguns casos, já se pensa em fazer um rodízio no espaço do escritório, mantendo apenas uma secretária para cada dois ou três funcionários. Sendo assim o espaço passaria a ficar muito menor e mais barato, eliminando toda a estrutura necessária para manter as pessoas no local. Imagina quanto café e papel higiênico seriam poupados no final do ano.

Nada isso seria possível sem as mudanças contínuas na tecnologia, com seu papel cada vez mais importante, agora que mais profissionais do conhecimento se familiarizaram com seus benefícios. A partir daqui aplicações de vídeo como o Zoom e de bate-papo como o Slack devem continuar no seu dia-a-dia após a pandemia. Mesmo que forçado, a experiência da convivência com a família deixou um gostinho agradável na grande maioria desses profissionais. Criou-se uma “intimidade” diferente. Durante as tele reuniões, uns puderam conhecer a sala de estar dos outros, eventualmente seus filhos e animais de estimação, criando um senso de empatia que talvez nunca se conseguisse no local de trabalho.

Uma experiência que pode ser muito positiva para novas gerações.

Tudo isso pode resultar inevitavelmente em mais empregos, oferecendo um melhor equilíbrio entre vida profissional e vida útil do escritório mais flexível. A possibilidade de sair no meio do dia para fazer uma caminhada ou mesmo dar uma atenção especial à rotina dos filhos pode ser estendida a mais trabalhadores de escritório ou que não dependam totalmente desses ambientes para produzir, e no final todos saem lucrando e uma quantidade maior de empregos poderão ser gerados, afinal, até um parque ensolarado poderá incentivar a produção.

A tecnologia por trás desse futuro

 Certamente lembramos com saudades de quando o ICQ nos permitia trocar mensagens com amigos de vários lugares no mundo. Era um tempo em que tudo era novidade e uma aplicação só resolvia todas as nossas necessidades de comunicação. Ora, como somos ingênuos! Nem imaginamos o que ainda estava por vir.

Em poucos anos, explodiu o mercado de comunicação por computador e depois do Skype, veio o Telegram, o Whatsapp o Zoom e nunca mais parou de aparecer novidades. A diferença é que tudo, no princípio foi criado para a diversão individual e aos poucos caiam nas graças das empresas. Isso aconteceu com todos os softwares que mencionei, mas o mercado já percebeu a necessidade de desenvolver produtos específicos e os tradicionais também já viram que não podem perder tempo.

O sucesso do Zoom mudou para sempre as formas de se reunir.

O caso mais relevante foi o Zoom. Seu lançamento não é tão recente. Surgiu em 2011 e ficou restrito ao meio de negócios específico, como uma ferramenta de comunicação exclusiva para as empresas do segmento de tecnologia. Foi em 2020, com a pandemia do COVID-19 que o zoom cresceu 67% apenas em meados de março. Ele estava lá todo esse tempo, mas a fama do Whatsapp e do Skype, mesmo que menor, não permitiam ao “patinho feio” aparecer. Mas quando apareceu, mexeu com todo o mercado. Google, Facebook e Microsoft trataram imediatamente de aumentar a capacidade de participantes em seus chats de vídeo.

Para que essas tecnologias sejam aplicadas no meio profissional de forma plena, algumas outras empresas são necessárias, bem como novos desenvolvimentos. Até agora, somente bastava entrar em contato e aparecer som e imagem do outro lado, mas quando se trata de trabalho, há questões de segurança e legalidades que não tem relevância para as pessoas comuns conversando com amigos. Essas mudanças afetam não só as comunicações em vídeo e as reuniões, mas também interferem nas aplicações. A Microsoft já faz mudanças profundas na segurança e produtividade do Office 365, seu produto mais usado no mundo.

A transição para o trabalho remoto exige o monitoramento da produtividade dos empregados, a privacidade das comunicações e a eficiência da comunicação. Para os mais antigos usuários de escritórios com aquelas lâmpadas fluorescentes, isso é uma mudança enorme, mas não tem mais retorno.

Mais reuniões e dias mais longos

O profissionais que experimentaram a vida fora do escritório durante a pandemia, passaram a confiar mais na tecnologia, mesmo que haja algumas críticas à segurança e a eficiência prática da comunicação, um fato que para ele não aparece. a verdade é que a jornada de trabalho mudou, nem sempre para melhor. O maior impacto foram as reuniões.

Esta cena vai se tornar cada vez mais comum. Escritórios vazios ou muito menores.

Durante esse tempo as reuniões aumentaram em 7% entre fevereiro e março. As reuniões quase dobraram de quantidade entre fevereiro e abril, o que significa que mais pessoas foram convidadas para eventos em grupos nas aplicações. Por outro lado, as reuniões encurtaram em aproximadamente 10 minutos cada uma.

Por outro lado, os dias se alongaram, pois como o trabalho não mais se concentra em uma série de horas seguidas, mas em segmentos de tempo que de certa forma podem ser definidas pelo profissional. Também pelos horários em que as reuniões são marcadas para coincidir com a disponibilidade dos demais participantes.

Na verdade, tudo isso nos fará muito bem, pois toda a tecnologia que é desenvolvida para as empresas um dia nos ajuda em casa, seja pela infraestrutura de cabos e estações ou pelos equipamentos que chegarão às lojas. Toda essa cadeia de tecnologias de ponta vão nos ajudar a produzir e manter uma melhor relação com nossas famílias. Resta saber como as empresas verão essas recentes experiências da mesma forma.

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