
Música filarmónica, circo contemporâneo e acrobacia a encerrar programação cultural das Fogaceiras
24/01/2025
Um total de 280 artistas vão estar este sábado, 25 de janeiro, em palco no grande auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira, na estreia absoluta de “Filarmonia da Humanidade – O Corpo em busca de Luz”, um espetáculo que cruza música filarmónica e artes circenses, e que encerra a programação cultural das Fogaceiras. A lotação já está esgotada.
O espetáculo “Filarmonia da Humanidade – O Corpo em busca de Luz”, que reúne este sábado, dia 25 de janeiro, às 21h30, cerca de 280 artistas no palco do grande auditório do Europarque, em Santa Maria da Feira, esgotou a sala em poucos dias. Esta criação, que encerra a programação cultural da Festa das Fogaceiras, entrecruza música filarmónica, circo contemporâneo e acrobacia em torno de uma obra musical original, numa edição inédita do projeto Filarmonia, criado em 2016 para unir e projetar as quatro bandas filarmónicas do concelho.
“O espetáculo convoca o público para uma desafiante viagem de descoberta, que entrecruza a música e as artes circenses. e evoca a esperança na preservação dos valores e princípios fundamentais do ser humano, alicerçada no conceito de Progresso enquanto aprimoramento dos modos de vida e na crença da capacidade humana de superar obstáculos, celebrando a essência da Humanidade”, refere a nota enviada ao Santa Maria Informação. O Progresso será, de resto, o tema transversal a toda a programação cultural de Santa Maria da Feira ao longo de 2025, à semelhança da Liberdade em 2024.
No grande auditório do Europarque, mais de 200 músicos das quatro bandas filarmónicas do concelho de Santa Maria da Feira vão interpretar a obra original “Luz”, do compositor Nuno Peixoto de Pinho, constituída por quatro andamentos: Harmonia, Fogo, Roda e Ponte. Além da música, esta criação artística entrelaça a beleza e a destreza de números circenses, dramatizados pelo INAC – Instituto Nacional das Artes do Circo e por acrobatas do Clube A4.

De referir que a obra musical e a performance circense são criações originais, encomendadas especificamente para este espetáculo, e vai ser apresentado em estreia absoluta no arranque de um ano, que a autarquia feirense considera que será particularmente simbólico para Santa Maria da Feira, com “a celebração do Progresso na sua dimensão maior – a Humanidade”.
Os 280 artistas que vão estar em palco são oriundos das quatro bandas filarmónicas do concelho, a Banda de Música de Arrifana, Banda Marcial do Vale, Banda Musical de S. Tiago de Lobão, Banda Musical de Souto, e pelo Clube A4 e INAC, uma conjugação que o vereador da Cultura, Educação, Juventude e Turismo, Gil Ferreira, considera que é “um bom exemplo de como entidades que, com coragem, atuam no mesmo setor há dez anos puseram de parte a competição individualista e escolheram a união e a cooperação”.

A diretora artística, Patrícia Pires, deixa já antever que o público será surpreendido pela “subtileza e beleza estética” do espetáculo. “Todos os momentos foram pensados como se fossem fotografias para registarmos nas nossas memórias”. Explica ainda que o seu maior desafio foi “a conceção da história, de forma a dar mote para a composição musical, e o entrelaçar com as artes circenses”.
Nuno Peixoto de Pinho é o autor da obra original “Luz”, escrita ao longo de sete meses, que “representa a evolução da humanidade, revisitando e transformando sonoridades que marcaram a história da música”. O compositor assegura que o público pode esperar “um momento verdadeiramente único”. “Mais de 200 músicos vão sonorizar uma viagem repleta de movimentos, com acrobatas que desfilam em perfeita harmonia com a música, numa experiência inesquecível que ficará na memória de todos”, sublinha.
Há vários anos que o projeto Filarmonia marca o calendário cultural de Santa Maria da Feira. É uma produção anual que requer vários meses de preparação, sobretudo quando envolve diferentes disciplinas artísticas e quando é construída a partir de uma criação original, como acontece de forma inédita nesta edição.