27/04/2021
Aos poucos a retoma das atividades faz com que a cultura também ressurja. “À Sombra da Bananeira” é um musical que alerta para o que está a acontecer ao planeta, pela arte do Grupo Artes de Palco, uma parceira entre a Associação de Promoção da Juventude (APROJ) e o Armazém 4. Para ver a 1 de maio em Milheirós de Poiares, no âmbito da III Edição do Festival Cortinas.
Borboletas monarcas, araras, tartarugas, coalas, abelhas ou até corujas vão pisar o palco do Centro Cultural de Milheirós de Poiares no próximo sábado, 1 de maio, pelas 11h00, no âmbito da III edição do Festival Cortinas. Os talentos do grupo Artes de Palco – uma parceria entre a Associação de Promoção da Juventude
(APROJ) e o Armazém 4 – vestem a pele de animais em vias de extinção no musical “À Sombra da Bananeira” para demonstrar isso mesmo.
Agora que a cultura também abre portas ao público, esta peça alerta para o facto de que “estamos à sombra da bananeira no que toca a enfrentar
problemas tão reais como as alterações climáticas, a poluição ou a destruição dos ecossistemas”, referem os responsáveis do grupo.
Depois de mais de um ano de pandemia, o tema bem que poderia ser outro, mas o espetáculo – cujo texto e músicas são da autoria do coordenador do grupo, Rui Alves – quer mesmo refletir sobre “o que está a acontecer ao nosso planeta”, explica o responsável. “O objetivo é que as pessoas pensem sobre o que estamos a fazer ao nosso ambiente, sobre as consequências da poluição, por exemplo, e sobre a nossa inação perante tudo isso”, destaca Rui Alves.
O musical – que conta com coreografia de Diana Rocha – foi escrito antes da pandemia e, depois de um ano marcado por incertezas e muitos ensaios online, sobe finalmente ao palco com estreia agendada para as 11h do dia 1 de maio. “Estamos muito entusiasmados, sobretudo depois de um ano difícil, com muitos ensaios online e muitas adaptações. Inicialmente havia a possibilidade de o musical ser gravado, mas quando percebemos que seria possível realizá-lo mesmo em cima do palco, o entusiasmo é outro”, reconhece Rui Alves, satisfeito.
Esta é a primeira vez, desde o início da pandemia, que o grupo volta a pisar os palcos e a fasquia, diz o coordenador, “está muito elevada”. Depois de esgotados os bilhetes para sábado, a organização decidiu fazer a reposição do musical no domingo, à mesma hora. Ao todo, serão 25 artistas – entre os seis e os 14 anos – que estarão no palco, que se transformará numa zona de um jardim zoológico onde vivem animais em vias de extinção. Para garantir todas as condições de segurança, os talentos de palmo e meio realizarão testes à Covid-19 esta sexta-feira.
O evento, cujo bilhete tem o preço de 2,5 euros, cumpre, também, todas as normas de segurança emanadas pela Direção Geral da Saúde.