3ª Fase do Parque do Rio Ul não tem garantia de avanço

19/07/2020

Executivo camarário de S. João da Madeira não garante o avanço da empreitada da terceira fase do Parque do Rio Ul, e falam em incerteza provocada pela não garantia de aquisição de todos os terrenos, bem como devido à pandemia da Covid-19 e as consequentes questões económicas. Mas, foi a coligação PSD/CDS-PP que levantou a questão. O vereador Paulo Cavaleiro perguntou, visto que “a obra ficou financiada, com o projeto pronto a adjudicar e faltava apenas algumas questões relacionadas com terrenos, num assunto que tem quase três anos”, referiu. Para já o único sinal visível é o desassoreamento do leito do rio na zona entre as duas pontes, que a oposição acusa ter sido feito apenas, após várias queixas de moradores. O presidente da Câmara não concordou e lembrou que só avançou com a empreitada, após autorização da Agência Portuguesa do Ambiente.

A primeira pedra da terceira fase do Parque do Rio Ul , em S. João da Madeira, foi lançada a 16 de maio de 2017, pelo anterior executivo, liderado pro Ricardo Figueiredo. De lá até agora não houve qualquer tipo de avanço na empreitada, que até já estava financiada e com projeto pronto a adjudicar, estando apenas a faltar algumas questões relacionadas com aquisições de terrenos. Daquilo que se pode ver no local, apenas se constata o aumento da vegetação em torno da placa que informa o momento que previa o arranque da “terceira fase da regularização e qualificação do rio”, pode ler-se no marco, e a crítica por parte da oposição, pelo facto deste executivo tardar a executar a empreitada.

Primeira pedra foi lançada a 16 de maio de 2017

O assunto foi levantado na última reunião de Câmara Municipal, pelo vereador da coligação PSD/CDS-PP, Paulo Cavaleiro, que perguntou mesmo “o que é que se passou com a terceira fase da empreitada do Parque do Rio Ul”. Segundo o social democrata, “já passou muito tempo”, inclusive depois de em 9 de outubro de 2018 “termos votado com urgência uma expropriação relativamente a esses terrenos. Parece-me um tempo absolutamente excessivo e reflete bem a vossa incapacidade de executar obras e resolver problemas”, criticou o vereador da oposição que diz não haver justificação para tamanho atraso. Sobre esta matéria é da opinião que antes de qualquer expropriação se deveria tentar todos os acordos, “como nós defendemos e achamos que deve ser”, concluiu.

Entretanto, até ao momento, a única intervenção feito no local aconteceu esta semana, com a autarquia a levar a efeito um desassoreamento no leito do rio, entre as duas pontes, que Paulo Cavaleiro diz tratar-se de “uma política reativa às queixas dos moradores”. Em resposta, o presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, refutou as palavras do vereador da coligação, referindo que “o senhor quer criar aí uma narrativa”, mas já antes das críticas dos moradores, garantiu que o assunto estava identificado, só que estava dependente de uma autorização da Agência Portuguesa do Ambiente. “Fizemos o trabalho dentro da lei e não houve qualquer reatividade”, afirmou.

Zona do rio que foi desassoreada

Em relação ao avanço da empreitada da terceira fase do Parque do Rio Ul, o Terras Santa Maria sabe que a autarquia está a colocar a possibilidade de, para já, ficar tudo como está até agora. As razões apresentadas são a não garantia de aquisição de todos os terrenos, bem como a pandemia da Covid-19, e os consequentes entraves económicas, uma situação que não merece a concordância da oposição, tendo em conta que já passaram três anos após o lançamento da primeira pedra.

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