01/09/2021
A Armando Silva, de S. João da Madeira, uma empresa de referência no setor do calçado masculino, há 75 anos, vai encerrar até final do ano dispensando cerca de 60 pessoas. Esta é mais uma das empresas históricas de calçado que se vê forçada a fechar portas, muito também por força das consequências causadas pela pandemia da covid-19.
S. João da Madeira volta a enfrentar o cenário de encerramento de fecho de uma das empresas de referência do setor do calçado. Armando Silva, empresa já com 75 anos, deverá fechar portas até ao final do ano, deixando cerca de 60 trabalhadores sem emprego. Detentora de várias marcas de referência no mercado do calçado masculino como, Yucca, Gino Bianchi e Di Stilo, além da própria Armando Silva, deixará de laborar, sendo que o processo de encerramento será feito por fases.
Conforme confirmou Fernanda Moreira, dirigente da distrital de Aveiro do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins, todos os funcionários da empresa estão devidamente informados sobre a situação e, no regresso das férias, deverão cumprir as últimas semanas de trabalho de acordo com a sua antiguidade contratual — o que, “em alguns casos, ainda representa 75 dias, porque há pessoas que estão há mais de 30 anos na fábrica”.
Esta é uma situação que já se vem a arrastar desde 2019, mas que se terá agravado com a pandemia da covid-19. A administração da empresa ao deparar-se com a quebra das encomendas “decidiu encerrar em definitivo enquanto ainda tem dinheiro para pagar os direitos todos aos trabalhadores”. A mesma dirigente sindical avançou ainda que neste caso “não é um daqueles em que a empresa diz que vai fechar para depois se reestruturar e aparecer com outro nome. Eles estão a fazer tudo dentro da lei e, pelo menos por enquanto, os trabalhadores até dispensaram a intervenção do sindicato”, destacou.